Primeiro contato

A maior solidão que já senti na vida foi em meio a uma multidão. Quando estamos a sós existe sempre a possibilidade de encontrar alguém, de ligar, de sair. Mas quando se sai, encontra pessoas e mesmo assim isso não extirpa o vazio de dentro de si, existe a certeza, inegável, de que você está sozinho.
Qual a reação de alguém que constatou que não pertence a isso que está a sua volta?
Eu só posso falar por mim, afinal não leio mentes, ainda! Em verdade cada um pode falar apenas por si mesmo. E isso parece óbvio quando escrito, mas é impressionante a quantidade de pessoas que parecem saber mais que você sobre sua própria vida.
Pais, familiares em geral, amigos, conhecidos, colegas, pastores... cada um deles acha que sabe o que é melhor para você, segundo sua própria filosofia.
Sabem, eu pensei muitas vezes, em como começar esse texto e os próximos. Textos sobre a minha vida, a minha história! Ora, quem pode saber mais disso que eu? Que forma melhor que em primeira pessoa, então?
E toda boa história começa com a apresentação da personagem principal. Mas quem falou que essa é uma boa história? Se alguém está lendo isso para aproveitar uma boa e velha ficção com algum final intenso, pode parar de ler agora!
A todos os outros que continuarem, um comunicado: Não pretendo ser dócil! Nem comigo nem com nenhum outro envolvido. Isso é como EU vejo as coisas que aconteceram a minha volta.
Feitas as devidas introduções, eu.
Quando por polidez as pessoas perguntam quem você é, querem saber (na maioria da vezes) o que você faz para sobreviver. Porém, pouquíssimas vezes a pessoa pode ser definida pelo que faz das 8 da manhã às 18 da tarde.
Mas como nossas relações superficiais e interesseiras estão pouco se lixando para a verdade ou para o próximo, basta saber o piso salarial.
Não importa saber como eu sobrevivo por enquanto, basta saber que eu escrevo. Coisas.
Gosto dos meus contos e crônicas, odeio minhas poesias e faço roteiros com afinco e paixão. Em verdade, já que citamos o seu santo nome em vão, pode-se entender mais sobre mim lendo meus personagens que convivendo comigo por anos a fio. Eu sou uma ostra, ao menor sinal de aproximação real eu me fecho. O que de bom eu produzo sai da minha inquietação e irritação.
Entretanto todos a minha volta parecem saber muito de mim. Colegas e amigos recém-conhecidos me consideram amável, sociável, aberta. Mas já fui chamada de súcubus, não apenas uma vez, e de anjo, muito mais vezes.
Querem saber o que eu acho?
Cada um vê o que deseja ver!

0 comentários:

Postar um comentário

Quem sou...

Helena foi uma mulher belíssima, mas acima disso foi uma mulher pela qual muitos heróis morreram e uma guerra foi travada.
Helena é um vulcão, e apesar de todas as analogias ligadas a isso, ainda é o vulcão mais ativo do mundo. Poder de destruição e atração.
Quer saber meus segredos?
Bem-vindos à minha casa...